Eu o abracei, me despedi e deixei-o ir embora; eu o
abracei, me despedi e deixei-o ir embora.
Deve ser porque minha vontade não se transformou em coragem a tempo. O meu
olhar não vai encontrá-lo outra vez. Naqueles olhos castanhos nunca terei um
lugar.
E ao cair da noite, quando as horas da madrugada se estendem,
eu me vejo pensando em minhas próprias epopéias imaginárias. Indaguei-me se quero
dias menos amargos ou bebidas mais adoçadas – não por açúcar, mas por
lembranças doces. É que não há muito a se fazer quando vejo aquele sorriso ao fechar os
olhos.
Até que o mundo gire ao contrário, contarei meu conto
fingindo não ser ficção. Porque sobre nós, não há nada a dizer – não existe nós,
existo eu. E depois ele. Separados.
O futuro pertence a mim. Eu, que tento traduzir em
palavras o que queria estar vivendo.
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